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segunda-feira, 19 de abril de 2010

this is goodbye

Tento dizer a mim mesma e as estrelas, minhas melhores amigas essa noite, que tudo vai ficar bem. Mas sua carta ainda está em minhas mãos, e meu medo de abri-la consegue ser maior que o medo que eu sempre tive de te perder. Talvez porque eu saiba que nessa carta o adeus será definitivo, estará em negrito e em caps lock para que dessa vez eu entenda querendo ou não. Vou rasgando aos poucos o envelope e travo quando vejo a primeira palavra, seria rídiculo eu começar a chorar a ver meu nome, mas saber que você o escreveu traz a saudade, o seu cheiro, a amizade e principalmente traz você, nem que seja por 5 segundos, de volta pra mim.
Fecho os olhos e começo a respirar, talvez pelo fato de que quando eu fecho meus olhos, eu vejo você deitado em minha cama me fazendo carinho, vejo nossas caminhadas no parque e como você me fazia rir por tudo. Não quero abrir os olhos e saber que você foi embora mais uma vez, fica aqui comigo, pelos menos nos meus sonhos. "Essa é a última vez, a última vez que te escrevo, essa carta é um adeus"
Hoje a noite as estrelas são minhas melhores amigas, mas ontem meu melhor amigo era você. Adeus, melhor amigo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

quatro estações


O frio chegou e eu não tenho você aqui comigo. O vento tirou seus beijos de mim e seu abraço me disse adeus para nunca mais voltar. Mas eu ainda ouço sua voz me dizendo boa noite todos os dias. Ainda sinto suas mãos sobre as minhas me prometendo que nunca iria me abandonar. E ainda te vejo no meu quarto, te vejo na minha cama, te vejo nos meus pensamentos, te vejo em mim. Tenho saudade da época que o nosso amor era um conto de fadas, e de como você sempre foi meu sapo, fantasiado de príncipe encantado. Saudade de ouvir meu nome na sua boca. Saudade de sonhar acordada deitada no seu colo. Saudade de fazer planos para o nosso futuro, e ter medo de sua reação. Hoje o sol não me dá mais bom dia, e a lua não sorri pra mim. As flores choram por mim e as árvores me dão abraços reconfortadores. A dor ainda está aqui, gritando pelo meu nome, sempre que pode. As vezes eu respondo á seus gritos, e outras eu deixo ela me ensinar. Por enquanto, meu coração está em sono profundo, mas será que algum dia ele irá acordar? Não te tenho aqui no frio, mais ainda trago a esperança de te ter ao meu ladinho numa próxima estação.