Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eu te amo e nunca te contei

Tiny Vessels by Death Cab for Cutie on Grooveshark

Nunca fui bom em escrever cartas, aliás nunca fui bom em nada com você. Não consegui te telefonar para avisar que estava indo embora, de vez. Passei em sua casa mas fiquei esperando do lado de fora na esperança de você (não) aparecer. E ainda apago todas as palavras que começo para te escrever um email e perguntar como você anda, mesmo depois de 1 ano e meio aqui.

Acredito que agora você já tenha conseguido seguir sua vida, encontrado alguém que te faça feliz de verdade e não te deixe esperando sozinha no primeiro encontro. Ainda lembro quando sempre ríamos dessa situação, eu implorando pra você me dar uma segunda chance e você batendo a porta na minha cara. 3 vezes.

Te encontrei, sem querer, 2 meses depois e me apaixonei por você em 2 semanas. Ninguém acreditou em mim, eu não acreditei em mim e você acreditou. E aí minha série de erros começou. E você acreditou em mim. Não estou escrevendo essa carta como um pedido de desculpas, porque minhas desculpas não serão suficientes pra você. Estou escrevendo porque sinto sua falta e quero encerrar a minha série de erros com pelo menos um acerto ou um último erro.

Nunca te disse que te achei linda desde a primeira vez que te vi. Você derrubou sua bebida em mim, enquanto tentava chegar ao banheiro para procurar sua amiga e a gente conversou a noite inteira. Pedi seu telefone e marquei nosso primeiro encontro e não apareci, não liguei, não mandei mensagem. Te deixei sentada sozinha esperando duas horas na mesa do seu restaurante preferido. Ontem eu tive um encontro pela primeira vez desde que fui embora. Sim, ela era linda mas não significava nada para mim.

Antes de dormir sento na minha cama e lembro de quando passava na sua casa 3 horas da manhã só pra te mostrar a música nova que tinha feito pra uma ex-namorada minha. Eu fui um babaca e você acreditou em mim. Você guardou todas as músicas que fiz pra todas as minhas exs e eu nunca te mostrei a que fiz pra você.  Nunca fui bom pra você e você acreditou em mim.

Termino essa carta pedindo perdão por ter aparecido na sua vida e ter feito dela um caos, perdão por ter deixado esperando por duas horas no nosso primeiro encontro e nunca ter aparecido, perdão por fazer você acreditar em mim todas as vezes e perdão por não te entregar essa carta e guardar ela pra sempre comigo. Eu te amo e nunca te contei.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Everlong

Nessa de evitar me apaixonar por alguém, te encontrei de repente, meio sem querer. E você com todo seu jeito fofo e patético de ser, me enganou e fingiu que não ia ser mais um idiota na minha vida. E você não foi mais um idiota. Você foi pior.

Hoje, depois de pensar em 50 maneiras de como falar com você, ri e chorei ao mesmo tempo quando percebi que eu vou seguir a minha vida e ser feliz e você vai viver sozinho, pois quem escolhe o mal-me-quer, paga com o coração. Esse coração bipolar, que um dia acredita no amor e solta as três palavras mais perigosas que já existiram e no outro acha que tá tudo bem agir como um babaca na frente dos amigos.

Nunca soube explicar nossa relação pra ninguém, mas acho que posso resumir em cervejas, the scientist e sacanagem. Ninguém vai entender e você vai fingir ser um deles quando eu resolver vomitar todas essas palavras de uma só vez pra você. E eu vou embora chorando pra casa, mas quando te ver no dia seguinte vou sentar do teu lado e não dizer uma palavra sequer na esperança de você decifrar o meu silêncio e todas as frases prontas e presas na minha mente.

Eu precisei de você, todas as noites que procurava qualquer coisa errada que tinha feito contigo, quis reviver todos os momentos lindos que passamos juntos e você escolheu me decepcionar. Mas me diz: cadê você ai?
O cansaço toma conta de mim quando você resolve me tratar como um lixo e eu continuo agonizada tentando descobrir como você está. Quem esconde a dor por muito tempo, aprende a sofrer calada e aprende que qualquer idiota diz eu te amo.