Pesquisar este blog

segunda-feira, 13 de abril de 2015

People always leave

Vai ficar tudo bem. É o que seu cérebro diz pra ela por alguns segundos ou quando ela escuta uma música da sua banda preferida ou quando assiste uma cena daqueles filmes que tentam ensinar qualquer lição de vida. E foram tantas lições, que ela tentou aprender, que hoje ela não sabe mais prestar atenção nos sinais que o universo dá. Ela só queria que o "Vai ficar tudo bem" durasse a vida inteira.

A gente erra, muito. A gente aprende também. Só que não conseguimos conciliar tão bem essas duas palavras. Ela era excelente nisso, inclusive. Sempre achava que aprendia com os erros, mas nunca soube compreender por que errava. Enquanto ela perdia tempo, achando que as pessoas em sua vida a enganavam, ela continuava errando, pois nunca entendeu que ela era a sua própria sabotagem.

Quando os relacionamentos acabam, sempre achamos que o erro foi nosso. Que não soubemos lutar para manter a relação, que não soubemos acabar com nossos defeitos, que sempre afastavámos as pessoas. 

Ela dizia que era sozinha e que fazia todas as pessoas de sua vida irem embora. Aquela velha história de "O problema sou eu" a transformou em uma pessoa medrosa. Solitária. Vazia. Ela se sabotava, o tempo todo, a vida inteira. 

Acho que, no fundo, ela sempre quis alguém que a enxergasse com outros olhos. Que preenchesse o vazio e completasse sua solidão. Alguém pra dar as mãos pra saber que o "Vai ficar tudo bem" pode durar sim a vida inteira. 

O que ela não sabe ainda é que ela vai ser a pessoa que vai dar as mãos pra si mesma. E de tanto vazio que ela sente, ela vai acabar se completando sozinha e até transbordando. Ela vai ser a pessoa que vai ficar, quando o resto do mundo for embora.