
Dormiram juntos no primeiro encontro, ela contou como sempre o achara intrigante e ele contou como sempre conversava com ela através de seu olhar. Ela foi embora na manhã seguinte, nunca gostara de acordar em camas de desconhecidos e sempre adorara fugir das pessoas. Ele não correu atrás, não procurou, não ligou. Deixaria sua lembrança viva em sua memória e, principalmente, em seus textos.
Ele estava fumando o último cigarro na varanda de seu apartamento e a avistou andando em direção a seu prédio. Mandou-a subir e ela deu um trago no cigarro, jogando a fumaça em sua cara. Ele sorriu e pegou em sua mão, ela hesitou mas acabou entrelaçando seus dedos nos dele.
- Sabe, eu não gosto das pessoas. Principalmente as desconhecidas que nem você. - ele a olhou desconfiado e soltou sua mão da dela - Não! - disse ela, entrelaçando, de novo, seus dedos nos dele. - Não solta da minha mão!
- Você disse que não gosta de desconhecidos, achei que estava passando dos limites.
- Eu gosto de você.
Ele abaixou a cabeça, mas nunca mais soltou da mão dela.
Eu também gosto de pessoas estranhas!
ResponderExcluir