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domingo, 21 de julho de 2013
Domingo
Chega o final do domingo e, com ele, aquele vazio, que antes não incomodava tanto assim. Talvez porque eu ainda espero você me dizer, como sempre faz, que segunda não vai ser tão ruim quanto eu imagino.
Você senta do outro lado da cama e passa as mãos nos cabelos como se não aguentasse mais essa situação. E eu não consigo mais te olhar, mas toda vez eu olho. E sinto sua falta. Mesmo você estando do meu lado, como sempre esteve.
Não sei como chegamos aqui. Você. Eu. Uma distância entre nós.
- Você foi a única coisa certa, de todas as coisas que eu fiz.
Jogo as palavras de uma vez, e você permanece em silêncio. Você se levanta e a distância aumenta. Não consigo mais ver seus olhos e choro. Existe uma linha tênue entre nossa distância no quarto e nossa distância pra sempre.
- Eu só quero achar uma maneira fácil de sair dessa situação.
Nossos olhos enfim se encontram, mas você logo abaixa a cabeça de novo.
- A gente sempre vai ter medo, mas precisamos consertar essa bagunça.
Você se encaminha para a porta, pega suas coisas e põe a mão na maçaneta.
- Eu sempre vou estar aqui pra você, meu bem.
A porta se fecha. A linha tênue some. Você foi embora. Eu fiquei.
Chega o final do domingo e, com ele, aquele vazio. Vazio. Distância. Eu. Sozinha.
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aquela choradinha no domingo.
ResponderExcluirtava com saudades dos seus textos
<3